Dicas =)

Uma boa pedida para quem gosta de uma boa leitura! 


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eu recomendo!




(Ultimamente, sem tempo para escrever os contos!)  -- sorry.

Monotonia


Pandora nunca suportou a ideia de ficar em silêncio. Nem mesmo quando ela esta errada. Não aceita o muro que sempre colocam diante dela. Querem calar sua boca com regras, criação e modos. Há quem diga que as pessoas “de fora” vivam dessa maneira.
É por isso, que Ana sempre tem a resposta na ponta da língua. Ou então entravada em sua garganta. Não é do tipo vingativa. Acredita na lei do retorno. Por isso, que não liga se as pessoas vão se dar bem ou não.O preço que cada um leva é justo.
Por isso, quando ela esta de saco cheio de: estudar, casa, familia e amigos. Não precisa perguntar o porque.O seu canto é um quarto fechado, um som e suas varias copias de cd baixados da internet.Ela não tem grana pra gastar em cds originais.
Nesse tempo longo, quando esta só, ela vive a felicidade interna. As lembranças dos sorrisos, os sonhos que ainda pretende alcançar, os abraços e beijos daquele que ama e o tempo passa tão rápido. Logo tem que sair daquele ninho de sonhos, para o mundo  infernal de obrigações e leis.
Não suporta atravessar  as mesmas ruas e avenidas, nem olhar para os mesmos rostos, e nem estar se preocupando com as mesmas coisas.Ana quer fazer coisas diferentes, viver coisas diferentes,casa e família esta torrando a mente ,o corpo e até seu peito.
Ela quer fugir do ninho, antes que Ana saia dali e sem o menor pequeno sentimento tenha ira sentir dali, ela não voltara nunca mais. Até porque criam seus filhotes para o mundo e não pra viver embaixo da sua saia, mas abusar e desrespeitar já é demais.
Então o quarto escuro é tão intimo quanto pai, mãe, irmão, tia, prima, tio, vizinho, avô, avó e até o papagaio. Pandora está cansada de cumprir e realizar os sonhos alheios. Os seus sonhos e vontades estão sendo esquecidos.


Nunca se interessou por rosas, tulipas e copo de leite. Nunca sonhou com príncipe encantado. Foi educada e criada para atingir um único objetivo em sua vida: a independência. Na sua adolescência quando a beleza começou a aflorar foi quando se iniciou o mais novo objetivo: o amor entrou na vida de Ana.
Que com o pé esquerdo, se começou. Ao principio ela não entendia muito bem a definição de amor. Ela entendia, o amor era o seu melhor amigo, e que nesse namoro nem um beijo se quer aconteceu. E tudo mudou aos 12 anos de idade, quando ela realmente viu, no primeiro instante aquele garoto do colégio, que seria o grande amor de sua vida.
A partir daí tudo mudou. Eles se conheceram, viraram amigos, descobriu que a sua irmã era da mesma turma, e esse amor só fez aumentar. Infelizmente, não foi correspondido no inicio. Pandora chegou e disse na maior franqueza o quanto estava gostando dele. Ele, por sua vez, com esse jeito que perdura até hoje, para não magoá-la, disse que seriam apenas amigos.
Ela chorou, mas preferia ter a amizade a não ter nada da parte dele. A amizade fortaleceu e se consideraram irmãos. E o amor, queira ou não queira , aumentava ainda mais. O encanto tentou se quebrar, quando ele apresentou sua namorada para Pandora. Ela sofreu, mas depois notou que mesmo o amando tanto, a sua vida também deveria continuar. Esta, a parte mais trágica da história. As amigas de Pandora acharam injusto o fato de ele poder ser feliz e ela não. E Ana começou a tentar ser feliz, mas isso nunca dava certo. Ela não conseguia curtir as novas regras. E isso só trazia tristeza, angústia e lágrimas. Que mesmo tentando navegar por águas difusas, sempre dizia para o seu grande amor, o quanto ela o amava. E quando ela menos espera o primeiro beijo entre eles aconteceu. Foi tão confuso. Depois o segundo. Ana não aguentava suportar de ter que ficar com os outros para tentar esquecê-lo. Não suportava a traição, a mentira, a falsidade e acima de tudo, o desrespeito. E quando aconteceu o terceiro beijo, Ana pediu a ele que não acabasse e que não morresse o laço que se iniciara sem nenhum motivo. E com a resposta de sim de seu príncipe, o sonho encantando começou a aflorar dentro dela novamente. E o antigo e ao mesmo tempo novo rapaz, finalmente como homem da vida dela, começou a sentir o amor, que há tanto tempo ele havia reprimido.
Finalmente, eles começaram a namorar. Foi felicidade para as famílias de ambos, a felicidade dos amigos que há tanto tempo participaram e viram o quanto Ana demorou em conquistá-lo. E quando completou um ano de namoro, Ana recebeu a coisa mais linda, mais pura, mais sincera e mais apaixonada que ela poderia receber; uma orquídea.
E nesse instante, sumiu todo o sofrimento, a insegurança de perder, o medo de ele sumir e de ser deixada, porque era com ele que ela sonhava e esperava em receber aquela linda flor. Não era beijo, nem cartas. Ela realmente estava esperando o seu príncipe encantado, com uma orquídea, no meio de shopping, na hora de almoço, sem se importar com as pessoas em volta olhando para os dois. E depois de uma longa estrada cheia de espinhos, uma lagrima de felicidade caiu do rosto de Pandora.


Agora chegou a vez deles de serem cuidados e mimados por nós.
Vamos ser um pouco do que eles foram para nós.
Façamos por eles o máximo que pudermos.
Afinal,
Nossos heróis de ontem, serão nossos heróis para sempre.
Por isso, que não os esqueçamos, porque, eles nunca nos esquecem.

Uma escuridão na mente .


Ana sempre foi vista como uma menina sonhadora, sem os seus belos pézinhos no chão. Num dia como outro qualquer, se viu diante de uma longa estrada sem campos, rostos e risos. Ela só tinha um caderno e um lápis na mão. Não sabia o que fazer. Ficar ali quieta esperando alguma coisa cair do céu, ou se continuava a andar nessa estrada, tão peculiar e diferente.

Não sentia medo, mas sabia que dentro dela vinha o rancor, o ódio e as frustrações, e tudo vindo à tona. Cenas que pareciam ser telas de cinema, no final daquela estrada.

Mas o que mais lhe perturbava, era a inconveniência. Pois as pessoas que aparentemente pareciam  felizes, na verdade, eram feias por dentro.

Ela não queria ver uma roupa bem alinhada, um rosto formidável, uma boa conversa. Porque sabia que, tudo isso no fim, era uma historia que não teria importância. E dentro si, via um reflexo do que as pessoas ao seu redor tinham delas mesmas.

Ana percebeu que aquilo via e sentia, não era real. Ela não quis acordar, pois sabia que tudo aquilo era um sonho, mas preferiu ver aquelas cenas, porque ao acordar, saberia quem eram as pessoas bonitas ou feias. Ela não pensa em dinheiro ou fama. Só quer ser livre e feliz de acordo com sua vida. Sem pisar em ninguém, nem humilhar ou arrotar burguesia. Porque mesmo sendo tão nova, sabia que todos esses entulhos de defeitos, futuramente não levariam à nada. E até agora só sabe que no fim da vida, o que lhe restará será a dignidade de ter sido um bom ser humano.